segunda-feira, 16 de junho de 2008

O mito de uma Sociedade


Muitos programas, veículos destinados ao público jovem continuam com uma visão preconceituosa da tribo emo. Como uma revista brasileira que descreveu a tribo como uma "nova categoria de gays" e uma "praga maldita" do século 21.

Mas por que nova categoria de gays? Para ser gay deve-se ter uma categoria? E quanto a homossexualidade no exército? E quanto a homossexualidade em uma roda de amigos? Essa é a visão de quem não vivencia a realidade. Todos procuram chegar perto do esteriótipo de pessoa comum, pessoa normal. Mas o quê define isso? Uma família com pai, mãe e filhos adoráveis? Uma família onde tudo é resolvido no amor e no carinho? Pra quê negar a diversidade de casos. Todos procuramos ser uma coisa que não somos, e o pior, uma coisa que não existe. Esse modelo fictício faz com que as pessoas olhem para quem quer ser quem é de uma maneira pejorativa, como se a pessoa fosse de outro mundo. Até algumas bandas que adotam o chamado "hardcore melódico" evitam ser rotuladas como emos, como se o termo embutisse também a declaração de que seus músicos são homossexuais.

Em um fórum de um famoso serviço brasileiro de perguntas, há questões como "existe emo que não seja gay?". Em meio a respostas recheadas de preconceito, é possível encontrar uma voz discordante: "Há emos que defendem a homossexualidade, mas nem por isso são gays. O nome do que você está fazendo agora é discriminação".

Por que não deixar que a tribo emo inclua a letra "x" nas palavras e adote grafias erradas? Somos seres humanos, sujeitos a mutabilidade e adaptação. Somos a espécie que tem maior capacidade de adaptação - no dicionário tem como significado: processo pelo qual um organismo se ajusta a condições do meio que o rodeia - mas para adaptar-se, você precisa de aceitação.

E quanto às aparências? Ridicularizá-los pela maquiagem da tribo (como lápis de olho e unha pintada de preto), o vestuário (como cinto de rebite, camiseta com estampa de um gatinho e tênis All Star riscado) e acessórios (como iPod, máquina fotográfica digital, colar de bolinha, chaveirinho e munhequeira)? Cada um é adaptado ao seu modo de viver, de pensar, de agir e de se sentir bem. Alguém ridiculariza evangélicos por usarem saia e cabelo comprido? Não há livros e livros de auto-ajuda que definem a aceitação do próximo como primeiro a auto- aceitação? Precisamos rever como somos vistos por nós mesmos.

É como se o mundo fosse uma receita, e nós os ingredientes. Cada ingrediente diferente adicionado acrescenta um sabor à receita. Cada ingrediente por si só não tem conteúdo. É como nós somos. Não há mais pureza. Mas há uma mistura que nos aproxima mais uns dos outros, e na qual fingimos que não existe. Assumindo assim a verdadeira e pior das doenças do século XXI, a etnocentria, ignorar que o outro é um pouco de mim e eu sou um pouco do outro...

Por Juliana Lazarini

domingo, 15 de junho de 2008

"Muitos acreditam que chorar e alisar o cabelo já o torna o emocore"


Para finalizar o trabalho do blog, nada melhor do que a palavra de um emo. O auxiliar de vendas e estudante de direito Thiago Monferdini Fernandes Silva (foto), 20, topou responder algumas perguntas ao "AnalisEMOS".

AnaliseEMOS: Por que você decidiu ser emo? Identificação com a música...?
Thiago Silva: Me interessei pela identidade do grupo e sua filosofia, emocore vem de emotive que significa emotivo e me identifico com a mensagem que as músicas passam, a exemplo de "Vanilla Sky".

AnaliseEMOS: Desde quando segue a filosofia emo?
Thiago Silva: Desde 2004, antes do boom emo aqui no Brasil.

AnaliseEMOS: Sofre algum tipo de preconceito? Qual?
Thiago Silva: O preconceito está presente em quase tudo, principalmente quando se assume um visual fora dos padrões.

AnaliseEMOS: Acha que exista alguma banalização do "ser emo"?
Thiago Silva: Com certeza, já que muitos acreditam que chorar e alisar o cabelo já o torna o emocore.

AnaliseEMOS: Qual a característica maior que define um emo?
Thiago Silva: Não estar ligado a nenhum tipo de padrão e não ter medo de fazer aquilo que para a sociedade em geral é condenável.


SS.

Experimentando

Após a ida ao show da banda For Fun, como parte da experiência de análise dos emos, o grupo pode concluir que por não estarmos vestidos como tais, causamos estranheza nos demais. Com isso fomos excluídos e não conseguimos manter nenhum tipo de contato com os demais presentes na platéia. Porém isso não nos impediu de levantar os seguintes dados: suas roupas e maquiagens são realmente extravagantes e de cores fortes; o estilo emo, vai além disso, é um estilo de andar, todos de mãos dadas, independente do sexo; de falar, tudo no diminutivo e no jeito de agir, entre eles há um excesso de carinho uns com os outros; já com o diferente uma forte exclusão.
Participando dessa experiência, concluímos que os emos podem até sofrer exclusão por parte das pessoas que não simpatizam com suas idéias de vida: de que o sentimento é mais forte do que qualquer coisa, mas eles também não se abrem para o diferente, realizando a mesma exclusão que sofrem dos demais.

Cresce o número de agressões aos emos

Ao mesmo tempo em que o site YOU TUBE divulga inúmeros vídeos a fim de aumentar o número de adeptos á ideologia Emo, existe o forte interesse por acabar com essa febre que tomou conta da cabeça de inúmeros jovens do mundo todo. Deixando bem claro que elas tem que estar enfeitadas com uma franjinha lateral.
E vários são os vídeos que mostram “gangues” praticando violência contra emos. Alguns exemplos desse tipo de matéria são: “The Emo Day”, A little day of a emo” e por aí vai. E todos seguidos de diversas ofensas e afirmações de que eles devem é apanhar.
É claro que ninguém é obrigado a concordar com este estilo de vida, mas não cabe a ninguém julgar a opção de cada pessoa. E além do mais, violência nunca resolveu nada, então está na hora de cada “gangue” respeitar as demais, para que assim o índice de violência entre jovens diminua de maneira significativa. Uma vez que este é o índice que mais cresce ao longo dos anos.
Por Carolina Medeiros

Polêmica nos Blogs

Segundo uma pesquisa do site Wikipédia, existem mais de 100 blogs de adolescentes que tratam do tema emos. Escolhemos três desse para fazer uma breve análise.
O primeiro é de uma adolescente de 14 anos que através de sua página na internet expressa seu ódio por esse novo estilo de adolescentes. Ela recebe diariamente posts de pessoas que como ela também pensam assim como ela.
Já em o blog de um garoto de 16 anos, é todo emo, ele e seus amigos diariamente contam suas histórias depois que assumiram serem emos.
Em outro blog de uma adolescente de 15 anos, as conversas e posts são mais democráticos, uma vez que os jovens tem a possibilidade de debater a respeito do tema de maneira mais livre.
Apesar disso, a maioria dos blogs são de cunho democrático, ou seja, estão abertos a discussões sobre esse tema tão polêmico. Afinal, este estilo para muito ainda soa como rebeldia, para outros uma manifestação de liberdade de opinião e para outros, mais um estilo de vida que vai marcar a história, como aconteceu com os estilos hippie, punk, heavy metal e assim por diante. E todos esses estilos ainda possuem representantes nos dias de hoje, escondido, mas que ainda carregam a ideologia de seu grupo a fim de não deixa-la desaparecer.
Por Carolina Medeiros

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Emocore

Se for possível definir características que dêem a "cara" dos emos, a música é certamente um dos aspectos mais importantes a ser estudado.

Ao entrarmos um pouco nesse universo, o que pudemos perceber foi que, apesar de geralmente as pessoas rotularem o estilo emocore como sendo
"tudo igual", há diferenças significativas no conteúdo das letras e até na melodia das canções.

Como já foi apontado nesse blog, para Guilherme, dono dos sites emos.com.br e emo-corner, os emos brasileiros e americanos não tem características iguais: enquanto os americanos encaram essa tribo como um estilo de vida e a levam a extremos, chegando a cometer automutilação e suicídio, no Brasil isso ainda é menos levado a ferro e fogo. Isso se reflete nas músicas emo dos dois países.

Analisamos as letras de três bandas brasileiras (Fresno, NX Zero e ForFun) e três americanas (My Chemical Romance, The Used e Panic! At The Disco). Para nossa surpresa, a temática das canções têm poucas semelhanças: os americanos falam de dor física, mutilações, medos e paranóias, ao passo que os brasileiros têm letras mais positivas e otimistas. Vamos ver alguns exemplos:


Paralyzed - The Used
Você é minha garota e eu acho que isso é uma vergonha
Que nós continuemos desta maneira
Eu sou apenas uma estátua baby, me golpeie

Teenagers - My Chemical Romance
Os garotos e garotas na moda
Os nomes horríveis que eles usam
Você não vai se misturar bem, rapaz.
Mas se está encrencado e ferido,
Isso que você tem debaixo da sua camisa,
Irá fazê-los pagar pelo que eles fizeram.

Boys will be boys - Panic! At The Disco
Me dê ciúme, me dê malícia, querida, me dá um tempo!
Quando eu digo “Espingarda”, você diz “Casamento”
”Espingarda”, “Casamento”, “Espingarda”, “Casamento”

Dead - My Chemical Romance
Acho que eles nunca gostaram de você de qualquer forma
Oh, me tire da cama do hospital
Não seria maravilhoso? E não é exatamente o que você planejou?
E não seria ótimo se nós estivéssemos mortos?
Ahhh, mortos


Todas as letras apontadas apresentam algum sinal de frustração e arrependimento, que geram incitações a algum tipo de violência. Notamos que é comum em muitas letras analisadas a temática da morte e, assim, um desapego à vida, frequentemente acompanhado pela decepção com as pessoas.
Agora, algumas letras brasileiras:

Quebre as correntes - Fresno
Prometa não chorar e não se arrepender
(não chorar) Não chorar
O que você precisar se encontra em você
(não chorar) Não chorar
...
Não vou deixar desmoronar
Castelos que eu construí
Com minhas mãos na areia
A vida tem de prosseguir

Sigo o Som - ForFun
Fortes são aqueles
Que transformam em luz o que é escuridão

Sigo o som da sua voz
Que me faz ouvir melhor
A redenção virá pra todos
Porque todos são um só

Razões e Emoções - NX Zero
Entre razões e emoções
A saída
É fazer, valer a pena
Se não agora
Depois não importa
Por você,
Posso esperar...

Se nas músicas emocore americanas a frustração é vista como razão para atitudes violentas e depressivas, no Brasil, apesar de as músicas também refletirem esses sentimentos, há uma motivação para a superação, a busca por uma "volta por cima".

Talvez seja impossível saber até que ponto essas diferenças são apenas questões culturais, e saber se as músicas levaram ao comportamento adotado por cada país ou vice versa. A resposta mais convincente é a de que ambos se influenciam, e ajudam a criar a identidade do grupo "emo". Identidade essa, que vemos que não é singular. Há muitos grupos emos, cada um com suas convicções, que podem ser mais ou menos fortes, e contrastarem ou não. Temos aí mais uma prova de que as culturas e traços regionais não foram totalmente anulados pelo processo de globalização.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

E surgem novas emos...

Durante uma quarta-feira, eu e Juliana Lazarini saímos da Puc e fomos até o shopping Parque Dom Pedro vestidas de forma diferente da que normalmente nos vestimos. Eu, de camiseta preta com o desenho de uma estrela, calça jeans e all star. Ela, de blusa preta com argolas e também calça jeans.

Talvez somente esse figurino não chamaria a atenção de ninguém, e poderíamos seguir caminhando sem olhares que nos reprovassem. Mas, além das roupas, nossa maquiagem também não era usual: carregamos um pouco no lápis de olho e delineador, e ajeitamos os cabelos com franjas compridas que cobriam um pouco nossos rostos.

O resultado dessa experiência foi desconfortável: ao andarmos no shopping, eram constantes os olhares de reprova e repulsa. A reação mais intensa foi de pessoas mais velhas, que não tentavam esconder que não aprovavam nossa vestimenta, talvez porque não estejam acostumadas com elas.

Os demais passantes, em sua maioria, nos olhavam mostrando estranheza, como se procurassem algo que explicasse o porquê de estarmos vestidas daquela forma, e quando voltávamos nossos olhares para eles, eles prontamente desviavam.

Ao irmos almoçar, as reações ficaram ainda mais evidentes: enquanto Juliana pedia comida no Habib's, a atendente evitava olhar para ela, e não a tratava da maneira que tratava os demais clientes, sendo ríspida e de poucas palavras. Quando sentamos na mesa, um homem que aparentava ter por volta de 30 anos nos olhava sem parar, durante todo o tempo em que ficou almoçando.

Pudemos perceber que os olhares se intensificavam enquanto estávamos andando juntas. Era como se enquanto estivéssemos sozinhas fôssemoss inofensivas, mas quando começávamos a formar um "grupo", ameaçávamos as pessoas, como se tivéssemos força para atrair novos membros para alguma seita reprovável. Enquanto dupla, nossa alteridade se fazia mais presente, e éramos mais notáveis. Ninguém se assusta com uma passante esquisitinha que acabou de sair da adolescência mas, quando esse grupo aumenta, as pessoas passam a temê-lo, estranhá-lo, e perceber que os movimentos "ridículos" e "patéticos" podem representar mais do que a simples rebeldia de um estranho.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Adaptação

Reforçando que a tribo emo foi originada do tipo de música emocore. Difundida pelo mundo, essa tribo se adaptou de jeitos diferentes em lugares diferentes.
Em uma conversa com Guilherme, dono dos maiores sites emo do Brasil(http://www.emos.com.br/) e dos Estados Unidos(http://www.emo-corner.com/), desvencilhamos as diferenças entre os países.
Em sua raiz, ser emo é expressar de modos diferentes os sentimentos reprimidos de maneiras diferentes, como escrever poemas, música, modo de se vestir, etc. Tais sentimentos são de depressão, tristeza, revolta...
Porém são fatores que estão em constante mudança. Essa definição está sendo ameaçada. No caso do Brasil, os emos são mais confusos ou simplesmente estão adicionando características diferentes ao estilo de vida. Não ouvem só o emocore, na verdade a maioria, gosta de vários estilos de música. Digamos que o emocore serviu para criar um estilo de escrever, de se relacionar e de se vestir. O foco agora é outro.
Em sites de relacionamento são muito populares, o modo de escrever é singular. Os sentimentos de tristeza, revolta, estão sendo substituídos por comportamentos mais meigos, estão ouvindo Pop, outro estilos de rock. É como se no Brasil, emo fosse uma moda, um escape que os adolescentes têm para expressar sentimentos reprimidos que tem medo de por pra fora, medo de ser quem eles realmente são, e taxados como emos, conseguem mostrar sua verdadeira face diante das pessoas: “é um estilo de se vestir e se portar em locais públicos”. Não se pode falar que é característica, mas o auto flagelo está presente. Cortam o pulso para sangrar, fingem que se matam depois estancam, isso é alto flagelo. Porém nem todos fazem isso.
Guilherme que acompanha vários eventos emos, disse: "os emos quando estão longe de todos, são pessoas normais como todos.Os emos no Brasil (a grande maioria) usam a tribo para se expressar ou se esconder de algo, essa grande maioria tambem costuma não assumir ser emo, por causa de preconceito, vergonha ou por nem mesmo acreditar na tribo(os famosos Posers ou emos de faxada). Claro, há exceções, emos que de fato são e amam o estilo de vida.
Para efeito de comparação, nos Estados Unidos, os emos são tão ao extremo é uma maneira de viver. Lá, tudo é tratado ao pé da letra. Os americanos levam a serio, "SOU EMO"!! 47% dos emos americanos já tentaram suicídio contra menos de 10% dos emos brasileiros. São muito fechados, tímidos eles são realmente deprimidos. Nos USA o número garotos Bi é gigante. Lá é como um meio de sedução. Dois garotos se beijando para nós é estranho, mas para ele é um meio de atrair tanto garotas quanto garotos.
Emos na verdade só existem atualmente no Brasil e Estados unidos, uma tribo nova derivada dos emos está tomando conta, chamada de "From UK", são emos "enrustidos. Aqui, esse estilo não pegou. “From Uk” surgiu praticamente dos preconceitos. Cansados de serem perseguidos pelo nome “emo” estipularam esse nome. A diferença? São adeptos do uso de trocas sintéticas ao contrário dos emos. From Uk são ex emos, fanáticos por serem populares e usam drogas.

Sites:

http://www.emos.com.br/ (Brasil)
http://www.emo-corner.com/ (Estados Unidos)


Por Juliana Lazarini

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Os blogs e os emos.

Os adolescentes emos tem entre 11 e 20 anos, e passam muito tempo na internet - lugar onde melhor podem se expressar. Só no Brasil existem mais de mil comunidades no Orkut – site de relacionamento - que falam dos emos, a maioria é contrária a filosofia de vida destes adolescentes.

Os blogs são uma grande ferramenta de expressão também para os emos. O blog emo se caracteriza visualmente por uma linguagem mais romântica. Mas o que seria esse romantismo? O romantismo foi, nos séculos XVII e XVIII, um movimento literário e filosófico, mas que até hoje deixou suas marcas e diseminou seus conceitos na cultura contemporânea.

A obra “Os sofrimentos do jovem Werther” de Goethe é considerado um marco dessa estética. Escrito em forma de diário, seu final é dramático, no qual Werther, o personagem principal, comete suicídio. Na época do lançamento do livro, que fez enorme sucesso entre os jovens europeus, houve inclusive uma onda de suicídios por causas amorosas (no livro, Werther se mata devido a um amor frustrado por Carlota).

O romantismo é um dos movimentos mais contraditórios da sociedade moderna, tendo características bastante opostas entre si, como o nacionalismo e o individualismo, por exemplo, em termos políticos. No entanto, em seu âmago encontramos alguns pontos que ainda parecem nortear os indivíduos na pós-modernidade como a subjetividade extrema. De acordo com os pesquisadores Löwy e Sayre:

Sua natureza de coincidentia oppositorum: simultânea (ou alternadamente) revolucionário e contra-revolucionário, individualista e comunitário, cosmopolita e nacionalista, realista e fantástico, retrógrado e utopista, revoltado e melancólico, democrático e aristocrático, ativista e comtemplativo, republicano e monarquista, vermelho e branco, místico e sensual. Tais contradições permeiam não só o fenômeno romântico no seu conjunto, mas a vida e obra de um único e mesmo autor, e por vezes um único e mesmo texto. (Löwy e Sayre, 1995).

Os elementos visuais que explicitam esse modo mais emocional de expressão visual podem ser observados na cor azul neutra aplicada ao fundo do blog, que remete à uma cor mais utilizada para ambientes onde o clima cromático estimula a calma e a tranqüilidade. A fonte utilizada para o título da página, a escrita feita à mão livre, tipo “escrita corrida”, que difere da letra de fôrma e é bem mais trabalhada, com mais detalhes e formas orgânicas, em contrapartida a fonte dos textos, que mantém o padrão utilizado na web – sem serifa como Arial e Verdana - o fato de não possuir serifa a faz mais legível, porque as letras precisam ajustar-se em pixels na tela, tornando mais limpas as formas das letras no monitor de um computador. Outro elemento utilizado é a transformação da seta que indica o funcionamento do mouse em forma de uma estrela que muda de cor, representando bem essa realidade infantilizada dessa tribo.

(Fonte: Aletéia Ferreira, Josiany Fiedler Vieira, Paula Rigo : Emos – o Resgate da Moda Romântica através dos Blog)

Acesse alguns blogs emos e entenda mais desta tribo:

http://vertigemvivente.blogspot.com/2006/04/eu-sou-emo.html

http://elevadoatres.blogspot.com/

http://dez-e-nove.blogspot.com/

http://humane-likeyou.blogspot.com/

Aguarde próxima entrevista, na qual daremos início ao nosso trabalho de campo.

Por Sarah Costa Schmidt


quinta-feira, 3 de abril de 2008

A imagem de um emo


A imagem acima, é a típica imagem de um emo, e pode ser considerada estereotipada, visto que gostar do estilo de música emocore não implica na utilização de determinado tipo de roupa.
Pesquisar sobre esse estilo na internet chega a ser um grande desafio, pois o preconceito é mais do que visível na rede. Muitos sites relacionados usam termos perjorativos, estereotipando ainda mais a imagem de um emo.
Espero que com a pesquisa de campo que realizaremos ao longo do semestre, possamos descobrir particularidades, curiosidades e especialmente, o modo como eles pensam.